
Nina Lacour, 2017
Drama / Romance LGBT
224 páginas
Amazon
Americanas
⭐⭐⭐⭐
Marin deixou tudo para trás. A casa de seu avô, o sol da Califórnia, o calor da sua melhor amiga e o último verão agora são fantasmas que ela não quer revisitar. O retrato de uma história em que já não se reconhece mais. Ninguém nunca soube o motivo de sua partida. Até que Mabel, depois de vários meses sendo ignorada pela amiga, decide visitá-la e as duas terão que enfrentar tudo o que deixaram para trás.
Eu admito que comecei a ler esse livro sem muita pretensão. Achei que ia ser um livro levinho pra ler durante a quarentena. Mas eu me enganei. O livro trata não só do relacionamento entre as duas garotas, mas também de temas como solidão e luto. Então ao mesmo tempo em que a história é fofinha, ela também traz muita reflexão para quem tá lendo.
Eu gostei muito dessa dualidade do livro, que se reflete também na personalidade das protagonistas Marin e Mabel, que ao mesmo tempo que são parecidas, vivem vidas completamente diferentes e também aparece nos cenários: uma hora estamos nas praias da Califórnia e, em outra, numa Nova coberta pela neve. O livro vai se alternar entre passado e presente da Marin, uma garota que acaba de começar a faculdade.
Desde o começo do livro percebemos que há algum motivo para Marin querer fugir do passado. E ao logo da história percebemos que ela acaba se isolando numa cidade nova, onde sua única companhia é a colega de quarto que viaja para as férias de fim de ano, deixando-a completamente sozinha. Não sabemos o que aconteceu, só que Marin morava com o avô na Califórnia e de repente se muda para um dormitório numa faculdade de Nova York, totalmente afastada dos amigos de antes.
A mãe de Marin morreu quando ela ainda era criança e para mim, o mais interessante do livro foi ver como ela lidou com o luto e com a consequência de seus atos. Aqui, a autora discute sobre solidão de uma forma simples, mas ao mesmo tempo tocante. Marin deve decidir se quer realmente seguir vivendo tão sozinha ou se quer ser acolhida pelos amigos que a conhecem desde criança.
Eu gostei muito do livro, apesar de achar a história meio parada em algumas partes. Mas eu acho que é um livro muito recomendado principalmente para meninas que estão se descobrindo ou para pessoas em geral que passam por uma situação de luto. Em muitas partes do livro eu me peguei pensando nos meus avós, que eu não vejo desde o início da pandemia e acho que os livros têm esse poder de fazer as pessoas se lembrarem do que realmente importa e que viver em solidão não precisa ser a única alternativa.
Recomendo!
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